Eles aproximam-se com suas nuvens brancas apimentadas.
Lacrimogeneando a tudo e a todos.
A mando de assinaturas, carimbos e desapropriações.
Com suas rodas e esteiras de aço, passam e destroem esperança e gotas de dignidade.
Restam pedaços de madeira e lama, lágrimas e terror.
Ficam em pé ternos da soberba, fardas da arrogância, charutos insolentes, contas bancárias da opressão, juízes tirânicos, transborda assim o desrespeito.
O som esganiçado ecoa pelas ruas.
O branco transforma-se aos poucos em vermelho, que enche as taças dos fidalgos.
Emanueli