quinta-feira, 21 de julho de 2011

Abstração



A vida por muitas vezes é incoerente

Andamos a esmo na escuridão,

Aflitos, sem explicação.

Nada faz sentido, não há caminho,

Não existe direção, nem placas.

Então vivemos...

Nos dias de chuva,

Desligamos a mente.

Fechamos os olhos, para não enxergar,

Que o amanhã é invisível;

Que o amanhã é imprevisível;

No rosto, estampado está o medo.

Do coração, transborda dúvida.

De como continuaremos...

Dentro do meu mundo simétrico

É inconstante a insanidade

Aqui tudo é tranqüilo

Lá fora é melancólico e irreal

Ao final de tudo

O meu mundo é só meu.

Só eu vejo e mais ninguém.





quarta-feira, 20 de julho de 2011

SAUDADES


SAUDADES
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Dói morder a língua, dói cólica,
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu,
do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.

E essa saudade doí tanto, que não pude escrever sobre ela.
Por isso emprestei algumas palavras, de alguém que não sei quem.

Até.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Para refletir...


“Quem procura atrás de cada máscara?
Quem somos nós atrás de nossas próprias mentiras?
Lobos em pele de carneiro
Idealistas a procura de liberdade
De frente para o espelho
Olhando aquilo que nos encara.
Talvez se vendesse por dinheiro
Mas estaria preocupado com a fala alheia
Ou simplesmente morreria lutando
Batalharia por completa sobrevivência
Renasceria das cinzas todos os dias
Quem estaria por trás daqueles olhos?
Em que consiste a tua essência
Quem somos nós, afinal?
Ideais, crenças, amores, lutas,
Do que somos feitos – razão ou emoção
Quem sabe, uma parte significativa dos dois.
Somos peças, do grande quebra-cabeça,
Somos peões, bispos, torres, em que os deuses.
Jogam para simplesmente passar o tempo...”

Emanueli

sábado, 21 de maio de 2011

O tempo assim se esvai.


A morte...como ela é ou será?

O que acontece com a nossa essência,

depois que o coração parar?

Tenho tanto medo da morte.

Se vou sofrer.

As pessoas se lembrarão de mim?

Ou serei esquecida,

apagada como as frases de amor escritas na areia?

Medo da Morte.

Quero viver cada vão momento.

Sentirei saudade de tudo que vou deixar para traz.

As coisas que poderiam acontecer,

o que eu poderia ter feito.

A morte é o acaso.

Ocasionalmente posso não acordar

Esse poema pode não acabar.

O último acorde do rock and roll que por vezes foi a minha vida.

Talvez assim ela termine.

sábado, 14 de maio de 2011

VIDA


A vida é curta, longa, inesperada,

E passamos quase toda ela, nos reprimindo,

Trabalhando, pensando demasiadamente.

E vivemos muito pouco.

Com o mundo neste caos,

Às vezes não olhamos para o lado,

Deixamos de fazer o que realmente gostamos,

Esquecemos dos amigos,

Não os visitamos, nos afastamos...

Culpa do relógio, dos horários, e compromissos da vida.

Culpa dos cifrões que nos perseguem

Para comer paga, para dormir paga, para viver paga...

E se não entramos na dança, dançamos,

E não vivemos, mas será que estamos vivendo???

A cada dia conhecemos pessoas

Umas ficam, outras vão,

E cada uma deixa um pouco de si

E leva um pouquinho de nós

Isso prova que não nos encontramos por acaso.

Então, por mais difícil que possa parecer – VIVA...

O tempo é algo que não volta atrás.

E que um minuto é muito raro,

A vida é algo precioso, único.

E que não podemos rebobina-la para fazer diferente.

Desejo que você não apenas exista, mas que você viva intensamente.


Inspirado em Charles Chaplin e William Shakespeare.

Emanueli

domingo, 13 de março de 2011

Eu, sou você, amanhã.

A parte mais difícil da esquizofremia é descobrir que você sempre esteve sozinho, que todas as pessoas que você ama não existem para os lúcidos, as pessoas que você ama apenas fazem parte da sua imaginação, da sua loucura.





quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aurora Dourada


Entre medos e delírios,

Até o fim do mundo,

Assim seguirei...

Sob o luar no deserto

Observo as bruxas da

Ordem hermética da Aurora Dourada

Dançarem em torno da fogueira

Enquanto entoam suas canções sobre a liberdade

Só existe uma lei, fazer a sua própria vontade,

Através da paz, tolerância e verdade.

Sem colidir com ninguém

Fazer parte do mesmo enredo

Necessitando apenas de um grão de amor.

Essa é a chama que arde em cada coração

Controlar essa energia, que emana sob o universo.

Alquimia, magia, elixir da vida.

Ser membro de uma sociedade

Não mais oculta...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011


Queria poder te abraçar
Envolver-te em meus braços,
E te livrar de todo mal;
Dos fantasmas, de toda dor.
O que posso é caminhar junto,
Segurar sua mão, ouvir teus lamentos.
Se estiveres feliz, eu sorrio.
Se algo te aflige
Meu coração se agita.
Pois não sou mais eu, somente,
Agora somos dois, em um só.
A vida é muito frágil.
Um fragmento, diante da eternidade,
Diante do amor que sinto.
E o que te dou (meu coração).
É muito pouco ou quase nada.
Hoje eu sei que você é.
Tudo aquilo que me faltava...

A quem daria minha vida.


Letras embaladas pelas notas do Nandico.