quarta-feira, 20 de julho de 2011

SAUDADES


SAUDADES
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Dói morder a língua, dói cólica,
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu,
do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.

E essa saudade doí tanto, que não pude escrever sobre ela.
Por isso emprestei algumas palavras, de alguém que não sei quem.

Até.

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