quarta-feira, 23 de junho de 2010

A marcha


De uma ponta a outra

Queimou a cidade terrivelmente.

Fúria em combate imponente.

Já antes do crepúsculo,

Pus os pés no lugar,

Onde as chamas brotavam do teto

E nas flechas utópicas da benevolência,

Repousa o ódio e a ambição pelo poder.

Raios rompem os sete céus,

E as montanhas são altas,

Estamos cercados pelas chamas,

Então os golpeamo com nossas espadas.

Espero carregar seu crânio em minha lança.

A morte não assusta os bravos...

Aguarda-me depois um banco para festa

E beberemos em breve cerveja...

A tempestade uiva selvagem na noite,

Não devemos temer os guerreiros,

Pois não carregamos mais tesouros,

Levamos em nossos ombros

Nosso rei morto,

Nesta noite, ele é sereno.

Porém forte, sem queixa e sem temor,

Alegres nós aguardamos

Ao fim de tudo, campos quentes de girassol...


Emanueli

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Cogumelo de luzes


No silêncio, derradeiros relâmpagos

Tremeluziram no horizonte, num instante

Olhos aflitos de espanto, pasmos, telepáticos

Todas as direções, mas nenhum caminho

Um pedido de socorro, um grito mudo

Tudo que respira, conspira

Lucidez embriagada

Cogumelo de luzes

“Garotinho” da devastação

Prepotência, experiência

Estúpida estratégia militar

Árvore alterada, frutos inexatos

Geração radioativa, paisagem assassina

Nuvem negra, morte causa de morte

Cogumelo de luzes

Nuvem da destruição

Manhã de covardes, mortes instantâneas

Tatuado esta em nossos corpos

A rosa que sangra

No útero das sombras...


Emanueli