quarta-feira, 24 de setembro de 2008

As barbaridades da Guerra (homens).

Escravas sexuais expõem conflito entre Coréia do Sul e Japão


Grupo de idosas se reúne todas as quartas em frente à embaixada do Japão em Seul. Elas exigem pedido de desculpas do governo nipônico.

Um grupo de idosas se reúne todas as quartas-feiras na frente da embaixada do Japão, em Seul, para tocar numa ferida que ainda não está cicatrizada na Coréia do Sul: os abusos sexuais cometidos pelos militares japoneses contra mulheres coreanas durante a Segunda Guerra Mundial. Elas exigem que o governo nipônico peça desculpas às mais de 200 mil vítimas que fizeram parte do sistema de escravidão sexual implantado nos países asiáticos sob ocupação militar japonesa, do final dos anos 30 até o final da grande guerra, em 1945.

Segundo uma entidade coreana criada para cuidar das sobreviventes e ajudar na divulgação das atrocidades, as vítimas eram recrutadas à força e obrigadas a servir sexualmente os soldados, que as chamavam de "damas de conforto". "Vamos continuar protestando até que o Japão reconheça sua culpa, peça desculpas e puna os responsáveis", disse, uma das representantes dessa entidade, cujo nome oficial é "Conselho de Mulheres Recrutadas para Escravidão Sexual Militar pelo Japão". As reunião semanais ocorrem desde 1992. As histórias das "damas de conforto" ficaram conhecidas no final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Segundo depoimentos das sobreviventes, as mulheres tinham de servir mais de 30 homens por dia. Todos os dias. Elas viviam em pequenos alojamentos e muitas sofreram abusos durante vários durante anos seguidos

Lee Mao Tao é uma delas. Com 80 anos, conserva uma memória tão boa que chorou quando começou a contar sua história. Ela tinha 13 anos e vivia em Pyongyang, hoje a capital da Coréia do Norte, quando foi levada de casa pelos soldados japoneses. Passou quatro anos num alojamento sofrendo abusos diários antes de ser libertada. “Um dia, o Exército chegou em casa e disse à minha família que as mulheres tinham de ir para uma fábrica para trabalhar. No entanto, quando chegamos lá não havia nada, apenas soldados japoneses, muitos quartos e várias mulheres. No dia seguinte, de manha cedo, havia uma fila enorme de militares na frente de cada quarto. Havia tantos que eu não podia nem contar. Os soldados entravam, estupravam as mulheres e saíam para dar lugar aos outros. Vivemos assim durante vários anos.” disse Lee Mao Tão.


Lee Hwan Yun, de 85 anos, morava em Pusan, no sul da península coreana, quando foi seqüestrada pelos militares, em 1938. Ela disse que passou seis anos como "dama de conforto" e que ainda hoje sente muita raiva. “Eles (os japoneses) fizeram algo imperdoável. Eu ainda sinto muito e chorei no último protesto na frente da embaixada japonesa”, afirma. “No começo eu ficava com vergonha de falar, mas agora quero que as pessoas saibam o que eles fizeram e que eles peçam desculpas.”


"Houve julgamento contra os criminosos alemães depois da Segunda Guerra Mundial, mas os criminosos japoneses que cometeram essas barbaridades não foram julgados, com raríssimas exceções", completou a coreana.



Site: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL59720-5602,00.html#arte





ESPERO QUE TODOS SINTAM, A MESMA REVOLTA QUE EU SINTO, AO TÉRMINO DA LEITURA.

3 comentários:

Ana Hostin disse...

Atrocidades como esta são cometidas em nosso meio todos os dias! É a luta pelo poder! É a luta da Dominação! É a luta do mais forte ao mais fraco!
Homem X Mulher;
Ser-humano X Animal;
Adulto X Criança.
O interesse individual fala mais alto, que àquele referente ao social!
A voz dessas mulheres e de muitas outras, foram e são abafadas por muito tempo. No entanto, sabemos o quão forte somos se darmos as mãos e colocarmos a "boca no trombone" como estas idosas, somos muito mais fortes do que qualquer força física que algum dia tentou nos vencer e e nos reprimir!

Gostei da matéria!
Coloca em pauta, um grande escândalo da história!

Beijão, Ana!

DIABO QUE TE CARREGUE disse...

Atrocidades semelhantes ou ainda mais chocantes ocorreram e ocorrem ainda em todas as partes do mundo, porem sao acobertados pela mídia e pelo sistema q ai esta (responsavel por grande parte desses absurdos)...

O interessante, q mesmo depois de tantos anos essas mulheres se manifestam, não em busca de indenizações ou coisas parecida,

mas sim por um pedido de desculpa... um reconhecimento desse filho bastardo, desse trauma pregado na alma dessas mulheres;;;

Anônimo disse...

A revolta que eu sinto eh com seu portugues pifio.

sua frase final tem virgulas erradas que só uma crianca no primario erraria.