terça-feira, 18 de novembro de 2008

Quanto vale uma mulher???


Não é segredo que, em algumas culturas, pela tradição e pela miséria, as meninas são vendidas “em casamento” pelos pais. Isso acontece com as garotas em idades incrivelmente baixas, como 10 ou 12 anos, embora muitas destas culturas determinem, também, que se espere a transformação (fisiológica, ao menos) da criança em mulher para que o casamento seja consumado.


Ou seja, os maridos devem esperar suas púberes esposas menstruarem pela primeira vez antes de manter relações com elas.


O problema é que essa tradição guarda um monte de perigos. Em primeiro lugar, não é respeitado o desenvolvimento psicológico da menina que vira mulher; apenas se leva em conta o aspecto físico. As mulheres ocidentais sabem disso: quantas de nós não menstruram e ainda brincavam de casinha, sem pensar sequer em beijar na boca?


Então me respondam, quem protege a mulher? Quem entende os direitos femininos - e humanos - e briga por eles? Acima de querer mudar uma cultura milenar ou discutir as razões de um pai que aceita um dote de pouso mais de 2 mil dólares para entregar a filha de nove anos em casamento para um homem de 40, essa é a pergunta a ser feita em todas as sociedades — ocidentais e orientais, cristãs ou muçulmanas, ricas ou pobres: nós temos os mesmos direitos que os homens?


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Não viva no seu mundinho fútil...

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6 comentários:

Robinson disse...

Onde estão as mulheres que lutam por seus direitos? Porque não se unem nessa causa tão nobre para lutar pelo direitos das outras que estão escravizadas e sem poder fazer nada? Algumas vão dizer que isso é responsabilidade do estado e da polícia, outras falarão que não há o que fazer se a violência doméstica existe, outras vão simplesmente falar que basta ir a delegacia e dar queixa, mas a maioria continuará sem fazer nada e ainda culparão os homens por isso tudo. [www.thebest.blog.br]

Unknown disse...

Hoje em dia tudo é mercadoria!
Quando uma vida valer mais do que dinheiro, as pessoas vão parar pra ouvir o que cada um pensa e quer, e respeitar essas opiniões!
Todo mundo reclama, mas poucos fazem algo pra mudar!
As vezes só uma grande atitude muda, e para isso é preciso ter coragem, enfrentar a realidade posta para tentar de alguma forma derrubar um sistema que é inaceitável.
Coragem, ousadia, e persistência... porque nada muda de uma dia para o outro!

Anônimo disse...

Creio, que a ignorância é a cultura mais antiga de todas.
O ser humano precisa dar um basta, somos donos de nossos próprios destinos, temos o livre arbítrio, de ser, dizer e aceitar o que queremos.
Devemos tratar aos próximos de forma igual, pois somos todos resultados das mesmas receitas, de fato, seres humanos estão em extinção!

Ana Hostin disse...

Adorei! Sabe porque?
Porque em meio a esta maneira medíocre de ver o mundo, e de não enxergar o nosso mundo(Sim o nosso universo feminino), ainda existem mulheres fortes que lutam por direitos que nunca deveriam deixar de estar com o ser humano, como a liberdade. Liberdade de escolha, de decisão... liberdade!
O meu apelo é o mesmo que deixei naquela sua outra postagem refente a outro tipo de atrocidade contra a mulher, que você denominou como "As Barbaridades da Guerra (Homens)": É a união pelos nossos direitos, gritos... é saber que não se pode calar-se, enquanto as estatísticas apontam que a cada 2 minutos uma mulher é violentada sexualmente!

Como já disse, adorei o seu explicito e solícito manifesto de revolta!

Guga disse...

Não se pode negar que a interpretação desses povo sobre maturidade é realmente perturbadora para nós ocidentais... Enxergamos com nossos olhos, nos colocamos nos lugares dessas crianças... Mas essas meninas tem uma outra mentalidade, elas já vem sendo preparadas na infancia para o casamento. Não podemos questionar essas culturas.

Alias, a nossas próprias crianças, fumam, bebem e iniciam sua vida sexual precocemente. Vocês nunca viram??? As vezes olhamos tanto pro outros e esquemos do que esta acontecendo aqui!

Jackie disse...

“...Essa ‘tradição’ guarda um monte de perigos”
... em primeiro lugar, porque não é respeitada a dignidade destas mulheres, e isso por si só já basta! (não é nem preciso mencionar os aspectos físicos.)
Relativismo cultural o caramba!!! É inadmissível! e quem “gere” essas “tradições”, não raras vezes, sabe a usurpação abusiva que se absolve com base em escritos tidos como “sagrados”, advindos meramente da ignorância humana, e não de qualquer ser “superior” (e que superioridade seria essa?)
Já no Ocidente, minha cara, onde muitas de nós lutamos e continuamos a lutar para libertar outras de seus grilhões (e rejeitar quaisquer grilhões disfarçados que nos tentem impor), o grande problema do masculinismo, da misoginia, vejo que passa infelizmente por outras mulheres (que travam uma luta contrária conosco), que educam seus filhos para serem masculinistas; que em vez de apoiarem outras mulheres, cedem à inveja e tentam derrubar umas às outras; que em vez de saberem quão necessária é a amizade com as amigas (e amigos também!), muitas vezes abrem mão disso (e de toda uma vida pessoal, profissional e tudo o mais) para viver exclusivamente para os “seus” homens...
Enfim, mas esse é um processo que passa, antes do coletivo, pela subjetividade de cada uma. Acredito e sinto-me na frase que está no meu perfil, de Natalie Clifford Barney: “A mulher que toma consciência de si mesma impõe suas próprias leis, que o estado social, religioso ou animal não lhe pode absolutamente ditar".

Mas para isso não precisa haver maniqueísmo algum... Os homens têm lá seus encantos (principalmente os destemidos, conscientes da Mulher que querem ao lado.. hua!... e, particularmente, eu não abro mão desse tipo! Hehe).