segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Tirocínio das vidas


Viver o encanto da ópera,

Entre a luz e a escuridão

Diga-me, o porquê das palavras escritas,

Porque meu corpo estremece ao ouvi-las.

Aquela silhueta que bem conheço,

Traz consigo uma solitária melodia,

Dançada em meio aos véus da tristeza.

O que será aquela parte escura em meu peito?

Porque a lacuna fria me causa tanta dor?

A esmo, continuo a escrever...

As palavras me tornam vivo,

Apesar de o corvo estar na janela.

A mensuração dos meus atos,

O exílio dos meus pensamentos,

Toda a repressão por um fio.

Cabisbaixo, continuo a escrever...

A vista um tanto perturbada,

É difícil continuar...

Entre doces lembranças

E a situação em que me encontro

As mãos estão trêmulas

E o futuro? Ah, sim o futuro,

Incerto, turvo e duvidoso.

”Quem procura atrás de cada mascara
Quem somos nós atrás de nossas próprias mentiras
Somos peças, do grande quebra cabeça.
Somos peões, bispos, torres, em que os deuses.
Jogam para simplesmente passar o tempo...”.