terça-feira, 14 de outubro de 2008
Girassóis
O dia amanheceu nublado,
Fiquei um pouco mais na cama.
Escutando aquele velho disco,
Com as músicas utópicas,
Com frases sobre liberdade,
Saí e fui até a porta.
Senti uma brisa suave, ao abri-la.
Andando pelo jardim de girassóis
Vi milhares de crianças,
Cantando a velha canção
Com seus olhos brilhando
O céu estava avermelhado
Os velhos olhavam temerosos
Como se pudessem receber uma mensagem
Como se o céu fosse se abrir
Mas não se abriu
Continuei caminhando, por entre os girassóis.
Embalada pela segunda-feira blues
Caminhando, correndo para saber até onde ia.
O céu mudava de cor, as vozes se misturavam,
Os velhos, não acreditavam e para trás ficavam,
As novas almas, as novas vidas, os novos guerreiros...
Estavam felizes, os filhos da revolução.
Chegamos ao fim do jardim
À frente um penhasco, lá em baixo o mar,
Todos de mãos dadas, confiantes.
Cantando, bradando, demos o primeiro passo...
Num longo suspiro acordei;
Uma nova era está para entrar...
- Emanueli -
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2 comentários:
“Hoje dispensei minha alma”, “Minha alma foi voar”... Amei essa metáfora! Mas realmente o sentido por ser vário, conforme quem o lê. Para mim traz a idéia de liberdade quando se está atormentado ou com a visão perturbada de minha miopia aguda ... rs... neste caso, dá vontade de despojar-se da alma, essa consciência que não desassossega... e até dá para sentir-se despojado dela mesmo com o vazio sereno que se põe no lugar... Nossa! Que análise ao modo do romantismo da segunda geração a la Lord Byron... hehe...
Mas não consigo falar direito sobre isso agora, porque sinto-me inundada, de vontades, de amigos, de tudo que sei que tenho e sou! Hua!
Olha uns trechinhos de Whitman que eu amo e achei que tu também ia gostar:
“Existo como sou, isso basta
[...]
Sou o poeta do Corpo e sou o poeta da Alma,
Os prazeres do céu estão comigo e as dores do inferno estão comigo,
Os primeiros eu enxerto e aumento em mim, os últimos eu traduzo em uma nova língua
[...]
Não sou o poeta da bondade apenas, não me furto de ser o poeta da maldade também
[...] Parto como o ar, balanço meus cabelos brancos no sol fugitivo,
Derramo minha alma em redemoinhos, e deixo flutuar em projeções rendadas. Me entrego à terra para crescer da relva que amo,
Se quiseres me ver novamente, procura por mim sob a sola de tuas botas.
[...]” (Trechos de “Song of Myself”, de Walt Whitman)
Mas achei fantástico mesmo o poema dos Girassóis! Cara, é um misto de Ginsberg com ... hehe... não sei dizer direito... ah! Mr. Crowley... aff! (por isso lembrei do Pessoa) .. e o final faz uma quebra muito interessante para o leitor desavisado.
De resto, andam lendo muito Sartre, Garcia Márquez e Prokoptkin? Rs... existencialismo, realismo aos extremos, surrealismo, revolta...
Muito interessante o blog desse casalzinho 20... rs... Vou até vasculhar aqui, ver se acho algo meu das antigas, que eu já não escrevo mais.. eu só tento agora VIVER (no sentido amplo) sempre que dá... rs...
“Hoje dispensei minha alma”, “Minha alma foi voar”... Amei essa metáfora! Mas realmente o sentido por ser vário, conforme quem o lê. Para mim traz a idéia de liberdade quando se está atormentado ou com a visão perturbada de minha miopia aguda ... rs... neste caso, dá vontade de despojar-se da alma, essa consciência que não desassossega... e até dá para sentir-se despojado dela mesmo com o vazio sereno que se põe no lugar... Nossa! Que análise ao modo do romantismo da segunda geração a la Lord Byron... hehe...
Mas não consigo falar direito sobre isso agora, porque sinto-me inundada, de vontades, de amigos, de tudo que sei que tenho e sou! Hua!
Olha uns trechinhos de Whitman que eu amo e achei que tu também ia gostar:
“Existo como sou, isso basta
[...]
Sou o poeta do Corpo e sou o poeta da Alma,
Os prazeres do céu estão comigo e as dores do inferno estão comigo,
Os primeiros eu enxerto e aumento em mim, os últimos eu traduzo em uma nova língua
[...]
Não sou o poeta da bondade apenas, não me furto de ser o poeta da maldade também
[...] Parto como o ar, balanço meus cabelos brancos no sol fugitivo,
Derramo minha alma em redemoinhos, e deixo flutuar em projeções rendadas. Me entrego à terra para crescer da relva que amo,
Se quiseres me ver novamente, procura por mim sob a sola de tuas botas.
[...]” (Trechos de “Song of Myself”, de Walt Whitman)
Mas achei fantástico mesmo o poema dos Girassóis! Cara, é um misto de Ginsberg com ... hehe... não sei dizer direito... ah! Mr. Crowley... aff! (por isso lembrei do Pessoa) .. e o final faz uma quebra muito interessante para o leitor desavisado.
De resto, andam lendo muito Sartre, Garcia Márquez e Prokoptkin? Rs... existencialismo, realismo aos extremos, surrealismo, revolta...
Muito interessante o blog desse casalzinho 20... rs... Vou até vasculhar aqui, ver se acho algo meu das antigas, que eu já não escrevo mais.. eu só tento agora VIVER (no sentido amplo) sempre que dá... rs...
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