sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Palpitações


Ao cair daquela tarde silenciosa e monótona,

O céu chorava ininterruptamente.

Observava em seus olhos, uma névoa sombria e melancólica,

E em suas mãos trêmulas uma necessidade.

Podia sentir sua inquietação aflorar em sua pele

Ela queria gritar, mas em vez de som,

O substituiu por letras, as lágrimas em frases,

Sua mente era um turbilhão de palavras,

Escrevia freneticamente, rabiscava impacientemente.

Seu pequeno idílico impetuoso

Era todo amor que ela queria,

Era o amor que precisava,

Uma fagulha de emoção.

Queria poder adormecê-la com uma canção de ninar,

Para não ver em seu rosto,

A dor de não amar.

Espera pequena, a chuva passar,

O brilho e o calor do sol, já vão voltar.

Ela descansa após escrever sua melopéia dramática,

Já expôs sua dor, que serão levadas com as últimas gotas da chuva.

E logo serão apenas mais algumas reminiscências...



Emanueli

2 comentários:

Guga disse...

Meu, tuas poesias estão chegando num nível, hein? Já lhe havia comentado essa poesia, até porque você escrevendo-a!

BJOS e Parabéns!

The_Cat disse...

Me vi nessa poesia, em muiitos momentos...principalmente do ano de 2009 =))
As "palpitações" já me deixaram sufocada muitas vezes...

Cara...fazia tempo que não lia algo que me deixasse meio, sei lá...travada sabe? Tipo, qdo aquelas lágrimas queimam e não descem...

F-O-D-A!
Meu preferido (L)

Não é à toa que vc tá cadastrada no meu cel como: Manu Escritora =)