Viver o encanto da ópera,
Entre a luz e a escuridão
Diga-me, o porquê das palavras escritas,
Porque meu corpo estremece ao ouvi-las.
Aquela silhueta que bem conheço,
Traz consigo uma solitária melodia,
Dançada em meio aos véus da tristeza.
O que será aquela parte escura em meu peito?
Porque a lacuna fria me causa tanta dor?
A esmo, continuo a escrever...
As palavras me tornam vivo,
Apesar de o corvo estar na janela.
A mensuração dos meus atos,
O exílio dos meus pensamentos,
Toda a repressão por um fio.
Cabisbaixo, continuo a escrever...
A vista um tanto perturbada,
É difícil continuar...
Entre doces lembranças
E a situação em que me encontro
As mãos estão trêmulas
E o futuro? Ah, sim o futuro,
Incerto, turvo e duvidoso.